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  • Foto do escritor: Silvio Ricardo FREIRE -Adv.
    Silvio Ricardo FREIRE -Adv.
  • 23 de out. de 2024
  • 1 min de leitura

O que é detração penal?

A detração penal é uma regra que permite descontar a pena total o tempo em que uma pessoa já esteve presa provisoriamente ou cumprindo medidas cautelares (apenas aquela com restrição de liberdade).

 

Como funciona?

Se uma pessoa é condenada, o juiz considera o tempo que ela já passou presa antes da sentença e desconta esse período da pena final.

 

Exemplo prático:

Imagine que uma pessoa é condenada a 8 anos de prisão. Se ela já ficou 1 ano presa antes de ser condenada, esse tempo é descontado. Assim, ela cumprirá apenas 7 anos.

 

Objetivo da detração penal:

Evitar que uma pessoa cumpra mais tempo do que foi determinado na sentença, garantindo que o sistema seja mais justo e proporcional.

 

Silvio Ricardo Maciel Q. Freire

Advogado

Especialista em Direito Penal e Processual Penal.

 

 
 
 
  • Foto do escritor: Silvio Ricardo FREIRE -Adv.
    Silvio Ricardo FREIRE -Adv.
  • 17 de out. de 2024
  • 2 min de leitura

 

A Lei de Execução Penal (Lei 7.210/1984) prevê a possibilidade de redução da pena para presos que estejam cumprindo pena em regime fechado ou semiaberto, através da remição por trabalho ou estudo.

 

Como Funciona a Remição?

Por Estudo: Para cada 12 horas de atividades educacionais, o condenado reduz um dia da pena. Essas atividades podem ser de ensino fundamental, médio, superior, profissionalizante ou de requalificação. É necessário que as horas de estudo sejam divididas em, no mínimo, três dias.

Por Trabalho: Para cada três dias de trabalho, um dia é abatido da pena.

As atividades de estudo podem ser presenciais ou à distância e precisam ser certificadas pelas autoridades competentes. Além disso, se o condenado concluir o ensino fundamental, médio ou superior durante a pena, o tempo de remição será aumentado em um terço.

Se um preso não puder continuar suas atividades por acidente, ele ainda mantém o direito à remição. Nos casos de prisão cautelar, o direito à remição também é aplicável.

 

Declaração da Remição

A remição é concedida pelo juiz da execução penal, que ouve o Ministério Público e a defesa. Se o preso cometer falta grave, o juiz pode revogar até um terço do tempo de remição.

 

Transparência e Controle

Mensalmente, as informações sobre os presos que estão estudando ou trabalhando são enviadas para o juiz, e os presos que estudam fora do presídio devem comprovar a frequência e o aproveitamento escolar. A falsa declaração de atividades para obter remição é considerada crime.

 

A remição permite que os condenados reduzam suas penas ao se dedicarem a atividades produtivas, incentivando a reintegração e reeducação.

 

Silvio Ricardo M. Q. Freire

Advogado Criminalista

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 
 
  • Competência inalterada: O STJ reafirmou que a mudança de domicílio do condenado em regime semiaberto não altera a competência para a execução da pena ou a expedição de mandado de prisão, que permanecem com o juízo da condenação.


  • Caso específico: A decisão manteve o juízo de Campinas (SP) como responsável pela execução da pena de um condenado a três anos em regime semiaberto, apesar de o condenado residir em Itapema (SC).


  • Fundamento legal: O artigo 65 da Lei de Execução Penal (LEP) estipula que a execução cabe ao juiz indicado pela lei local de organização judiciária, ou, na sua ausência, ao juiz da sentença.


  • Resolução CNJ 474/2022: Esta resolução, que altera o artigo 23 da Resolução CNJ 417/2021, não modifica a competência para execução da pena, apenas orienta sobre intimação do condenado para início do cumprimento da pena.


  • Execução na Justiça Estadual: No caso de condenação estadual, a competência para a execução da pena permanece com o juízo da condenação. Caso necessário, o juízo pode utilizar carta precatória para intimação ou monitoramento eletrônico no local de domicílio do condenado.


  • Exceção para a Justiça Federal: Em sentenças da Justiça Federal, o STJ permite que o juízo estadual avalie a disponibilidade de vagas em estabelecimento compatível e tome medidas conforme a Súmula Vinculante 56 do STF.


  • Procedimentos alternativos: O juízo competente pode intimar o condenado diretamente ou, se houver monitoramento eletrônico, coordenar com o juízo do domicílio sobre a disponibilidade de equipamento.


    Para mais detalhes, o acórdão pode ser consultado no processo CC 208.423.

    Fonte: Superior Tribunal de Justiça.

 
 
 
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