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  • Foto do escritor: Silvio Ricardo FREIRE -Adv.
    Silvio Ricardo FREIRE -Adv.
  • 5 de jan.
  • 2 min de leitura

Muitas pessoas que estão cumprindo uma pena têm dúvidas sobre seus direitos e possibilidades. Entre as perguntas mais frequentes está: “Posso trabalhar e estudar enquanto cumpro pena?”

A resposta é: sim, em muitos casos, a lei brasileira permite e incentiva essas atividades. Vamos entender como isso funciona.


Trabalho e estudo na prisão

O sistema prisional brasileiro oferece oportunidades para que pessoas privadas de liberdade possam trabalhar e estudar. Essas atividades são fundamentais para promover a reinserção social e reduzir a reincidência criminal.

De acordo com a Lei de Execução Penal (LEP), o trabalho pode ser realizado dentro ou fora da prisão, dependendo do regime de cumprimento da pena:

  • Regime fechado: O trabalho ocorre dentro da unidade prisional, como em oficinas ou na prestação de serviços para empresas conveniadas.

  • Regime semiaberto: É possível trabalhar fora da prisão durante o dia, desde que haja autorização judicial.

  • Regime aberto: O condenado pode trabalhar livremente, devendo apenas cumprir condições estabelecidas pelo juiz.


Quanto ao estudo, há programas de educação dentro das prisões que vão desde a alfabetização até o ensino superior, muitas vezes realizados por meio da modalidade de ensino a distância (EAD).


Benefícios para quem trabalha ou estuda

A legislação prevê alguns benefícios para quem se dedica ao trabalho ou estudo enquanto cumpre pena. Um deles é a remição da pena. Funciona assim:

  • Trabalho: A cada 3 dias de trabalho, 1 dia é descontado da pena.

  • Estudo: A cada 12 horas de estudo, divididas no mínimo em 3 dias, 1 dia é descontado da pena.

Esses benefícios incentivam a busca por formação e experiência profissional, aumentando as chances de reconstruir a vida após o cumprimento da pena.


E se eu estiver em liberdade condicional?

Caso você já tenha conquistado a liberdade condicional, o trabalho e o estudo não são apenas permitidos, mas também recomendados. Isso demonstra ao sistema de justiça que você está empenhado em se reintegrar à sociedade, o que pode ser positivo em futuras avaliações.


Conclusão

Trabalhar e estudar enquanto cumpre pena é um direito garantido pela lei e pode ser uma excelente forma de recomeçar.


Se você ou alguém que conhece está nessa situação, procure informações junto à administração prisional ou converse com um advogado para entender as possibilidades no seu caso. Aproveitar essas oportunidades pode fazer toda a diferença para o futuro.

 

Silvio Ricardo M. Q. Freire

Advogado Criminalista

 

 
 
 
  • Foto do escritor: Silvio Ricardo FREIRE -Adv.
    Silvio Ricardo FREIRE -Adv.
  • 4 de jan.
  • 2 min de leitura

Ser preso é uma situação que ninguém espera enfrentar, mas, se isso acontecer, é fundamental saber que você tem direitos garantidos por lei. Esses direitos existem para proteger a dignidade e a segurança de qualquer pessoa, mesmo em um momento tão delicado. Vamos entender quais são eles de forma simples e clara.


1. Direito de saber o motivo da prisão

Ao ser preso, você tem o direito de ser informado, de maneira clara, sobre o motivo da prisão. A autoridade policial deve explicar o que está acontecendo e, se houver, apresentar o mandado de prisão expedido por um juiz.


2. Direito de permanecer em silêncio

Você não é obrigado a responder perguntas ou confessar qualquer coisa. O famoso “direito de permanecer em silêncio” é uma garantia para que você não diga algo que possa ser usado contra você.


3. Direito a um advogado (a)

Todo preso tem o direito de contar com advogado (a), seja alguém de sua confiança ou defensor público. A presença de advogado é essencial para garantir que todos os seus direitos sejam respeitados.


4. Direito de comunicar sua prisão

Você tem o direito de informar sua família ou uma pessoa de confiança sobre sua prisão. Além disso, a polícia deve notificar o juiz e o Ministério Público imediatamente.


5. Direito de não sofrer maus-tratos

Ninguém pode ser submetido a tortura, agressões físicas ou verbais, nem a qualquer tipo de humilhação. Maus-tratos são crimes, e as autoridades que os praticam podem ser responsabilizadas.


6. Direito à integridade física e moral

Você deve ser tratado com respeito à sua dignidade. Isso inclui receber alimentação, cuidados médicos se necessários e ser mantido em condições adequadas, sem abusos ou negligência.


7. Direito de ser apresentado ao juiz rapidamente

Após a prisão, você deve ser levado ao juiz em até 24 horas. Isso é chamado de “audiência de custódia”. Nessa audiência, o juiz verificará se a prisão foi legal e se você sofreu maus-tratos.


8. Direito a um processo justo

Se a prisão se transformar em uma acusação formal, você tem direito a um julgamento justo, onde poderá se defender com a ajuda de seu advogado e ter acesso a todas as provas apresentadas contra você.


Por que é importante conhecer esses direitos?

Saber dos seus direitos é a melhor forma de garantir que você seja tratado com justiça. Mesmo em situações difíceis, a lei está do seu lado para proteger sua dignidade e evitar abusos.


Caso você ou alguém próximo seja preso, procure um advogado imediatamente. Ele será a pessoa mais indicada para orientar e defender seus interesses.


Se ficou com dúvidas ou quiser saber mais sobre seus direitos, deixe um comentário ou entre em contato.

 

Silvio Ricardo M. Q. Freire

Advogado Criminalista

 

 

 
 
 
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    Silvio Ricardo FREIRE -Adv.
  • 3 de jan.
  • 2 min de leitura

A prisão preventiva é uma medida que mantém uma pessoa presa antes do julgamento, geralmente para garantir que ela não atrapalhe as investigações, não fuja ou não represente risco à sociedade. Porém, essa prisão não é definitiva, e a lei permite que ela seja revogada em determinadas situações.


O que significa revogar a prisão preventiva?

Revogar a prisão preventiva significa que a pessoa, antes mantida presa, será liberada para responder ao processo em liberdade. Isso não quer dizer que o processo acabou, mas que o juiz entende que não é mais necessário mantê-la presa.


Quem pode pedir a revogação da prisão preventiva?

O pedido pode ser feito pelo advogado (a) da pessoa presa ou pela Defensoria Pública.


Quando é possível pedir a revogação?

A revogação pode ser solicitada quando:

  1. Não há mais os motivos que justificaram a prisão preventiva: Por exemplo, se as investigações já foram concluídas e não há mais risco de interferência.

  2. Condições pessoais favoráveis: A pessoa tem endereço fixo, emprego ou outras condições que mostram que ela não pretende fugir.

  3. Substituição por medidas cautelares: O juiz pode entender que medidas como uso de tornozeleira eletrônica ou comparecimento periódico à Justiça são suficientes.


Por que a revogação pode ser negada?

Mesmo que a defesa apresente um pedido bem fundamentado, o (a) juiz (a) pode negar a revogação se considerar que:

  • A gravidade do crime praticado exige a manutenção da prisão;

  • Há risco concreto de fuga, de novas infrações ou de interferência no processo.

É importante lembrar que a decisão é sempre analisada caso a caso, e o fato de um pedido ser negado não impede que outro seja feito futuramente, caso surjam novas circunstâncias.


Advocacia é meio, não resultado

Quando advogado (a) elabora um pedido de revogação de prisão preventiva, ele está usando sua técnica e conhecimento para buscar o melhor para o cliente. Contudo, ele não pode garantir o resultado, já que a decisão final cabe exclusivamente ao juízo. Por isso, é fundamental ter expectativas realistas e compreender que a advocacia é um trabalho de meio, ou seja, de esforço e estratégia, não de promessas de sucesso.


O que acontece após a revogação?

Se a prisão for revogada, a pessoa é liberada, mas pode precisar cumprir condições impostas pelo juiz, como:

  • Não sair da cidade sem autorização;

  • Não se aproximar de certas pessoas ou locais;

  • Comparecer regularmente à Justiça.


Por que a revogação é importante?

A prisão preventiva não é uma punição; ela só deve ser usada em casos realmente necessários. Revogar essa prisão evita que pessoas fiquem presas sem necessidade enquanto aguardam o julgamento, garantindo o equilíbrio entre segurança pública e o direito à liberdade.


Se você ou alguém próximo estiver nessa situação, procure advogado (a) especializado para avaliar as possibilidades de revogação e acompanhar todo o processo.

 

Silvio Ricardo M. Q. Freire

Advogado Criminalista

 

 
 
 
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