top of page
Foto do escritor: Silvio Ricardo FREIRE -Adv.Silvio Ricardo FREIRE -Adv.

Audiência de custódia é direito fundamental garantido no Brasil e têm como objetivo principal assegurar que qualquer pessoa presa em flagrante seja apresentada a um juiz em até 24 horas. Este procedimento busca garantir que a prisão respeite os direitos humanos e avalie a legalidade da detenção. Mas como elas funcionam, na prática? Vamos explicar de forma simples e direta.


O que é uma audiência de custódia?

Uma audiência de custódia é uma reunião judicial onde o preso em flagrante é apresentado a um juiz logo após sua prisão. Nesta audiência, o juiz analisa:


  1. A legalidade da prisão: O juiz verifica se a prisão foi realizada dentro da lei.

  2. O tratamento recebido pelo preso: Avalia-se se houve maus-tratos ou tortura durante a detenção.

  3. A necessidade da prisão preventiva: Decide-se se o preso continuará detido, responderá em liberdade ou terá medidas alternativas aplicadas, como o uso de tornozeleira eletrônica.


Quem participa da audiência?

Na audiência de custódia, geralmente estão presentes:

  • O juiz: Responsável por conduzir a audiência e decidir o que acontecerá com o preso.

  • O Ministério Público: Representa a sociedade e pode pedir a manutenção da prisão ou sugerir outras medidas.

  • A defesa: Representa o preso e pode pedir pela liberdade ou questionar a prisão.

  • O preso: Tem a oportunidade de relatar o que aconteceu durante a prisão.


Como é o procedimento?

  1. Apresentação do preso: O preso é levado ao juiz dentro do prazo de 24 horas após a prisão.

  2. Relato do preso: O juiz pergunta sobre o tratamento recebido pela polícia e verifica se houve violação de direitos.

  3. Análise do caso: O juiz avalia se há necessidade de manter o preso detido ou se ele pode responder ao processo em liberdade.

  4. Decisão: O juiz decide se:

    • Mantém a prisão preventiva.

    • Concede liberdade provisória com ou sem medidas cautelares.

    • Relaxa a prisão, caso esta tenha sido ilegal.


Por que as audiências de custódia são importantes?

Elas ajudam a combater prisões ilegais, previnem maus-tratos e garantem que ninguém seja mantido preso sem necessidade. Além disso, representam um importante instrumento de proteção dos direitos humanos.


Conclusão

Audiência de custódia é passo essencial para assegurar que a justiça seja feita de maneira rápida e justa. Se você ou alguém que conhece passar por essa situação, é importante contar com um advogado especializado para garantir que todos os direitos sejam respeitados.


Silvio R. M. Q. Freire

Advogado Criminalista

 

0 visualização0 comentário
Foto do escritor: Silvio Ricardo FREIRE -Adv.Silvio Ricardo FREIRE -Adv.

Muitas pessoas que estão cumprindo uma pena têm dúvidas sobre seus direitos e possibilidades. Entre as perguntas mais frequentes está: “Posso trabalhar e estudar enquanto cumpro pena?”

A resposta é: sim, em muitos casos, a lei brasileira permite e incentiva essas atividades. Vamos entender como isso funciona.


Trabalho e estudo na prisão

O sistema prisional brasileiro oferece oportunidades para que pessoas privadas de liberdade possam trabalhar e estudar. Essas atividades são fundamentais para promover a reinserção social e reduzir a reincidência criminal.

De acordo com a Lei de Execução Penal (LEP), o trabalho pode ser realizado dentro ou fora da prisão, dependendo do regime de cumprimento da pena:

  • Regime fechado: O trabalho ocorre dentro da unidade prisional, como em oficinas ou na prestação de serviços para empresas conveniadas.

  • Regime semiaberto: É possível trabalhar fora da prisão durante o dia, desde que haja autorização judicial.

  • Regime aberto: O condenado pode trabalhar livremente, devendo apenas cumprir condições estabelecidas pelo juiz.


Quanto ao estudo, há programas de educação dentro das prisões que vão desde a alfabetização até o ensino superior, muitas vezes realizados por meio da modalidade de ensino a distância (EAD).


Benefícios para quem trabalha ou estuda

A legislação prevê alguns benefícios para quem se dedica ao trabalho ou estudo enquanto cumpre pena. Um deles é a remição da pena. Funciona assim:

  • Trabalho: A cada 3 dias de trabalho, 1 dia é descontado da pena.

  • Estudo: A cada 12 horas de estudo, divididas no mínimo em 3 dias, 1 dia é descontado da pena.

Esses benefícios incentivam a busca por formação e experiência profissional, aumentando as chances de reconstruir a vida após o cumprimento da pena.


E se eu estiver em liberdade condicional?

Caso você já tenha conquistado a liberdade condicional, o trabalho e o estudo não são apenas permitidos, mas também recomendados. Isso demonstra ao sistema de justiça que você está empenhado em se reintegrar à sociedade, o que pode ser positivo em futuras avaliações.


Conclusão

Trabalhar e estudar enquanto cumpre pena é um direito garantido pela lei e pode ser uma excelente forma de recomeçar.


Se você ou alguém que conhece está nessa situação, procure informações junto à administração prisional ou converse com um advogado para entender as possibilidades no seu caso. Aproveitar essas oportunidades pode fazer toda a diferença para o futuro.

 

Silvio Ricardo M. Q. Freire

Advogado Criminalista

 

1 visualização0 comentário
Foto do escritor: Silvio Ricardo FREIRE -Adv.Silvio Ricardo FREIRE -Adv.

Ser preso é uma situação que ninguém espera enfrentar, mas, se isso acontecer, é fundamental saber que você tem direitos garantidos por lei. Esses direitos existem para proteger a dignidade e a segurança de qualquer pessoa, mesmo em um momento tão delicado. Vamos entender quais são eles de forma simples e clara.


1. Direito de saber o motivo da prisão

Ao ser preso, você tem o direito de ser informado, de maneira clara, sobre o motivo da prisão. A autoridade policial deve explicar o que está acontecendo e, se houver, apresentar o mandado de prisão expedido por um juiz.


2. Direito de permanecer em silêncio

Você não é obrigado a responder perguntas ou confessar qualquer coisa. O famoso “direito de permanecer em silêncio” é uma garantia para que você não diga algo que possa ser usado contra você.


3. Direito a um advogado (a)

Todo preso tem o direito de contar com advogado (a), seja alguém de sua confiança ou defensor público. A presença de advogado é essencial para garantir que todos os seus direitos sejam respeitados.


4. Direito de comunicar sua prisão

Você tem o direito de informar sua família ou uma pessoa de confiança sobre sua prisão. Além disso, a polícia deve notificar o juiz e o Ministério Público imediatamente.


5. Direito de não sofrer maus-tratos

Ninguém pode ser submetido a tortura, agressões físicas ou verbais, nem a qualquer tipo de humilhação. Maus-tratos são crimes, e as autoridades que os praticam podem ser responsabilizadas.


6. Direito à integridade física e moral

Você deve ser tratado com respeito à sua dignidade. Isso inclui receber alimentação, cuidados médicos se necessários e ser mantido em condições adequadas, sem abusos ou negligência.


7. Direito de ser apresentado ao juiz rapidamente

Após a prisão, você deve ser levado ao juiz em até 24 horas. Isso é chamado de “audiência de custódia”. Nessa audiência, o juiz verificará se a prisão foi legal e se você sofreu maus-tratos.


8. Direito a um processo justo

Se a prisão se transformar em uma acusação formal, você tem direito a um julgamento justo, onde poderá se defender com a ajuda de seu advogado e ter acesso a todas as provas apresentadas contra você.


Por que é importante conhecer esses direitos?

Saber dos seus direitos é a melhor forma de garantir que você seja tratado com justiça. Mesmo em situações difíceis, a lei está do seu lado para proteger sua dignidade e evitar abusos.


Caso você ou alguém próximo seja preso, procure um advogado imediatamente. Ele será a pessoa mais indicada para orientar e defender seus interesses.


Se ficou com dúvidas ou quiser saber mais sobre seus direitos, deixe um comentário ou entre em contato.

 

Silvio Ricardo M. Q. Freire

Advogado Criminalista

 

 

0 visualização0 comentário
bottom of page